quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Lisboa de todos…

Não é a maior mas é expressiva;
Não é sozinha, é do mundo;
É rica de cores e de passado;
É tropical e fria;

Lisboa é verde e cimentada;
É desportiva e monótona;
É clássica e moderna
É aconchegante e de solitários.

Lisboa….é linda.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Diagnóstico agrícola do município de Inhambane em Moçambique: possibilidades para o desenvolvimento da agroecologia

O presente artigo é resultado de um projeto que está sendo desenvolvido entre Universidade Federal de Goiás - Instituto de Estudos Sócio Ambientais e a Universidade Eduardo Mondlane - Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Inhambane. A proposição deste projeto justifica-se em contribuir para a “construção de metodologias participativas que abordem aspectos e particularidades culturais, socioambientais e econômicas” que permitam diagnósticos e proponentes de soluções e avanços científicos e tecnológicos” no desenvolvimento local do município de Inhambane em Moçambique. O objetivo central deste artigo é de, por meio de um diagnóstico da produção agrícola atual, verificar forças, fraquezas, oportunidades e ameaças que possibilitem ou inibem o desenvolvimento da agroecologia neste município turístico. Diante das experiências da pesquisa desenvolvidas, em gabinete e no campo, no município de Inhambane, confirma-se o grande potencial existente no que diz respeito à organização da cadeia produtiva agroecológica e sua possível relação com o abastecimento do mercado local, no geral, e o mercado turístico de forma específica. O estudo identifica, igualmente, cenários de rotura na inserção dos produtos em mercados locais e estabelecimentos turísticos. Essa relação, de contorno da rotura, poderá se efetivar, principalmente, por meio do abastecimento de produtos produzidos localmente aos empreendimentos de alojamento turístico e a outros estabelecimentos públicos, como residências escolares, cadeias, creches, etc., promovendo maior sustentabilidade aos setores agrário e turístico no município. Palavras-Chave: Agricultura. Agroecologia. Potencialidade. Inhambane. Mais detalhes em:http://www.revista.ueg.br/index.php/sapiencia/article/view/5478

sexta-feira, 15 de maio de 2015

ESHTI organiza o I Workshop sobre trocas de experiências para intervenção na agricultura no município de Inhambane/Moçambique

A Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Inhambane (ESHTI) organiza, em parceria com o Conselho Municipal da cidade de Inhambane, o I Workshop sobre trocas de experiências para intervenção na agricultura. Este encontro irá acontecer nas instalações da ESHTI entre os dias 18 e 20 de Maio do corrente ano. Prevê-se que 40 participantes, incluindo associações de agricultores, extensionistas, organizações-não governamentais, representantes do governo provincial e municipal, docentes universitários e estudantes, participem desta iniciativa. O workshop será um encontro entre os sujeitos e instituições envolvidas na actividade agrícola e turística do município de Inhambane. Este será um espaço para diálogos e formações relacionadas a planificação e gestão de estratégias que visem à resolução dos principais desafios enfrentados pelos produtores rurais do Município de Inhambane.
Inhambane é um destino turístico que depende de importações de alimentos diversos, da cidade de Maputo e do país vizinho, a África do Sul. Este facto encarece os custos do preço do alimento e consequentemente do turismo, facto que limita, em parte, o desenvolvimento local. Sendo Inhambane um local com potencial para práticas agrícolas, vislumbra-se que este encontro possibilite maior fortalecimento dos agricultores para gerar mudanças de paradigmas que inibem o desenvolvimento turístico e local. Este evento insere-se no âmbito de um projecto de mobilidade-internacional que a ESHTI têm com o Instituto de Estudos Sócio-Ambientais- Universidade Federal de Goiás intitulado “Sementes crioulas, quintais agro-ecológicos e cooperação popular: troca de saberes e experiências de economia criativa do cerrado brasileiro e savanas em Moçambique”. A ideia central deste projecto é a de trocas de experiências sobre as boas práticas que são desenvolvidas no Brasil e em Moçambique, no campo da agro-ecologia, e estimular tais práticas, principalmente, no município de Inhambane. A promoção de feiras, o estimulo a produção sem agro-tóxicos, o estimulo a aquisição de produção local, o ensino de conhecimentos sobre marketing/técnicas de comercialização e sobre gestão financeira, o levantamento de dados para gerar conhecimento para planificação,técnicas de conservação de sementes, entre outras acções, constituem metas que estão a ser desenvolvidas pelos envolvidos no projecto. Desde o inicio do projecto, no ano de 2014, já aconteceram intercâmbios de estudantes e docentes das duas universidades. Neste momento dois estudantes intercambistas brasileiros e co-autores deste workshop estão em Moçambique/Inhambane e dois estudantes e um docente moçambicanos estão no Brasil/Goiânia a participar de várias actividades relacionadas ao projecto.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Memória curta nas gestão de cheias - do Licungo ao Limpopo

Na década de 1990, devo ter ido umas sete vezes, por diversas razões, a Mocuba e a cidade de Nampula, utilizando a via rodoviária. Nesse trajecto, Quelimane-Mocuba-Nampula (vice-versa), não era possível deixar de lançar o olhar pelo Rio Licungo. Apesar de observar o caudal baixo, como se de um “fio de água” se tratasse, haviam indicadores que este rio, em tempos de chuva intensa, avolumava-se além das margens que se viam de cima da ponte. Outro sinal do perigo deste rio, era a ponte construída sobre ele. A sua extensão e altura indicavam que apesar de “dormente” o Licungo poderia acordar e causar os danos (sociais, económicos, etc.) que está a causar nesta semana. Senhoras e senhores, os rios “acordam”. É preciso entendermos os rios “adormecidos” para evitarem-se perdas humanas e danos matérias. Nas minhas caminhas pelo belo Moçambique, tenho observado que nas margens, por exemplo, da bacia do Rio Limpopo estão a ser erguidas novas infra-estruturas administrativas e sociais. A memória da bravura deste rio está associada às cheias mais medonhas que acompanhamos na televisão, as Cheias de 2000. Verificando a força e estragos das águas do Licungo e o despreparo na gestão de bacias hidrográficas, é caso para afirmar que a memória das pessoas e dos governantes, neste país, é curta. A postura de todos, para mitigar os efeitos das calamidades naturais previsíveis, deve ter outro grau de atenção e importância.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Uniforme da PRM deve se adequar aos locais de trabalho.

Sr. Director Antes de mais agradecer a sua boa vontade em mandar publicar esta pequena contribuição, primeiro, para despertar nos gestores da Policia da Republica de Moçambique (PRM) a necessidade de prover meios de trabalhos que se adeqúem ao clima e ambiente em que seus agentes trabalham e depois incitar, os meus colegas funcionários públicos que zelam pela ordem e segurança pública em nosso país, a exigirem condições de trabalho condicentes com as actividades que desenvolvem. A Polícia em qualquer parte do mundo é um dos organismos que contribui para impor a ordem e segurança nacional. No nosso país - Moçambique - a PRM se encarrega por zelar pela segurança dos nacionais e estrangeiros e pela ordem pública nos diversos lugares (estradas, estádios, praias, etc.). Quando estão a desempenhar suas funções, estes concidadãos e colegas devem estar apresentados de forma visível para que em caso de ocorrência de alguma perturbação possam ser solicitados para prestar apoio. O que proponho, com este texto, aos gestores da PRM e ao Ministério do Interior, é algo que vai ao encontro do que vi enquanto gozava o meu momento de lazer na Praia do Tofo em Inhambane. Estava sentado em papo num grupo de amigos e aproveitado o meu recesso laboral numa sombra, quando ao longe vejo dois indivíduos com trajes incomuns para a praia. Naquele sol escaldante de domingo, deviam estar a rondar os 38° C, aqueles agentes da PRM estavam munidos no seu habitual uniforme cinzento e a fazerem a patrulha pela orla da praia. Vi e senti-os sufocados, cansados e transpirados. Parecia que pediam por água e sombra. Alias não tardou que depois foram se refastelar em uma sombra e dai (longe) vigiavam a praia lotada. Alias, Inhambane já esta ao rubro, as praias cheias, o tempo “convidativo” e as festas a acontecerem. Os excessos e transgressões são menores quando estes agentes estão por perto e fazem respeitar as leis e regulamentos nacionais. Voltando ao assunto e de forma mais directa, venho através desta, pedir a V. Excias. do Ministério do Interior e da PRM que pensem em vossos “trabalhadores de campo” no sentido de criarem uniformes adequados para estes estarem a desenvolver suas actividades nas praias. Estamos num país tropical, onde o calor é uma realidade inquestionável e que incomoda até os que estão sentados ou deitados de baixo de sombras nesses locais. Peço-lhes que pensem naqueles que estão a andar nas areias quentes e de baixo do sol. Acredito que não é e nem será difícil criar uniformes oficiais e apropriados ao ambiente das praias e outros tipos de lugares. Esta acção poderá permitir mais auto-estima e melhor desempenho de suas actividades. Creio que um uniforme mais bonito e fresco deixará os colegas mais motivados em desempenhar suas missões. Não sou estilista mas sei que na praça moçambicana já existem muitos e poderão ajudar. Igualmente, podem buscar as experiencias da Policia do Estado do Rio de Janeiro no Brasil, pois eles já adequaram seus uniformes ao clima local. Existem outros exemplos pelo mundo. Espero, com este meu apelo, estar a contribuir para a melhoria do desempenho dos agentes da PRM. Desejo a todos agentes da PRM um excelente trabalho e festas felizes. Bem hajam.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Discurso da guerra e o futuro do turismo no país

SR. DIRECTOR! Antes de mais, devo agradecer a sua boa vontade em mandar publicar esta pequena contribuição, primeiro, pela necessidade de se despertar os políticos nacionais o interesse pela paz e segurança, e, em seguida, para deixar um apelo aos intervenientes do sector do turismo no sentido de buscarem maior envolvimento nas questões políticas actuais, para não verem prejudicados todo o trabalho e objectivos, individuais e colectivos, alcançados. Maputo, Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2012:: Notícias Moçambique é um país marcado por momentos em que conflitos armados contribuíram para a actual situação - negativa - socioeconómica. A luta pela independência nacional e a guerra dos 16 anos marcaram a nossa história e possuem parte das responsabilidades no actual cenário de desenvolvimento. O atraso deste país nos diversos sectores é visível, pois somente depois de 1992, com o Acordo Geral de Paz (AGP), buscaram-se as bases reais para o desenvolvimento nacional. Vinte anos depois do AGP, continuam a existir dificuldades de sobrevivência reais. Compactuo com a ideia de que o desenvolvimento de um país não ocorre de um dia para o outro mas não acredito que neste período problemas básicos (transporte, educação, saúde, segurança, etc.) ainda continuam sem previsão de solução por parte de quem governa e sempre esteve a governar. Os conflitos armados citados criaram pobreza, destruíram infra-estruturas importantes, aceleraram o crescimento urbano desregulado, ceifaram vidas, entre outros tantos impactos negativos. De forma contrária e pelo lado positivo nos tornamos um país soberano, democrático e abrimos as portas do desenvolvimento (restrito a poucos) para o mundo. Discursar sobre origens, resultados desses eventos não é prioridade deste texto; deixarei esse discurso para os meus colegas historiadores, cientistas políticos, economistas, entre outros que possuem mais aporte para tal. Procuro aqui sensibilizar os políticos nacionais que, com o actual momento de tensão política a que assistimos, o sector do turismo irá ressentir-se negativamente. Depois de vários anos na senda da recuperação da imagem do país e de mecanismos que possibilitem a integração do nosso país nas rotas turísticas nacionais, volta-se ao discurso da guerra. Este discurso é negativo para o turismo, cria insegurança e “repele” visitas de turistas e investimentos e pode, se efectivado, destruir um dos importantes sectores que o país possui para contornar o subdesenvolvimento nacional. Nos últimos 10 anos em Moçambique, o sector do turismo regista crescimento em termos de chegadas de visitantes internacionais e de maior mobilidade de turistas domésticos; igualmente o número de empregos e de investimentos cresceu. Maputo, Sábado, 10 de Novembro de 2012:: Notícias O turismo é uma actividade que não cresce e nem produz resultados esperados quando existe um clima de tensão no local em que se vai visitar. Este é um fato real e a história de Moçambique comprova isso. Já na época colonial o interesse pelos recursos turísticos nacionais fez chegar turistas e investimentos de diversos países e contribuiu, igualmente, para a criação de parques e reservas nacionais que hoje ainda existem. O advento da guerra “estancou” esse crescimento e dizimou recursos; o Parque Nacional de Gorongosa é um exemplo clarividente dessa triste realidade. Este parque foi afectado pela guerra e muitos recursos turísticos se perderam. Actualmente em fase de reestruturação e projecção internacional, todo o investimento que se tem estado a realizar para que este parque se desenvolva poderá se perder e com isso acrescer mais pobreza e dificuldades dos moçambicanos que se beneficiam com o desenvolvimento deste país. Igual a este parque outros tantos investimentos neste sector podem ser encerrados e/ou prejudicados. O sector do turismo é sensível e vive de imagens positivas das paisagens que se visitam/existem. A diversidade sócio-cultural nacional e a natureza geográfica tornam este país rico em recursos turísticos que possibilitam e criam motivações nos mais diversos tipos de turistas que o visitaram e almejam visitar. Praias, gastronomia, parques, edifícios históricos, etc. compõe o vasto leque de recursos turísticos existentes. Não se pode ignorar o discurso da guerra e pensar-se que existem capacidades de resposta a qualquer tipo de insurgência armada, pois a mínima que seja irá manchar a imagem da nossa nação e, consequentemente, perderemos anos de trabalhos de projecção da imagem do país acolhedor e hospitaleiro com muitas riquezas naturais e culturais para se visitar/explorar. Relatos deste discurso começam a surgir na mídia internacional e especificamente a sul-africana, que é de onde chegam grande parte de visitantes estrangeiros. A propagação desse ambiente de insegurança que vivemos, por meio dos canais de comunicação nacionais e internacionais, influenciará na escolha deste destino e, consequentemente, perderemos o espaço regional e internacional que estávamos a conquistar neste sector. Prezados políticos, senhores membros de governo e demais actores no processo de desenvolvimento nacional e especificamente do turismo, o discurso da guerra deve ser acautelado por um momento de reflexão sobre o que queremos que este país seja e linhas de acção claras sobre quando e como se vai chegar. O governo deve repensar as suas acções, envolver outros actores e, acima de tudo, deve saber ouvir de quem está na verdadeira frente de batalha da vida quotidiana sobre suas limitações que não são poucas. A manutenção da paz e segurança são condições indispensáveis para qualquer projecto de desenvolvimento que existe para este país, e até mesmo para o tão propalado desenvolvimento baseado em recursos minerais de que tanto se fala. Devemos ser cautelosos no discurso da guerra e na sua efectivação sob o risco de nada nos tornarmos nos próximos 20 anos e todos sairmos a perder com esse perverso evento.